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O famigerado jogo da Baleia Azul tem tirado o sono de pais, amigos e parentes de jovens e adolescentes em todo o mundo. De acordo com as informações, já comentadas em todas as mídias, o jogo consiste em participar de um grupo de Whatsapp ou Facebook e realizar 50 desafios que vão desde automutilação, maltrato a animais, alguns boatos sobre envenenamento de crianças, até chegar ao ponto máximo que é o suicídio. Uma das preocupações também é como fazer para evitar que seu filho participe de algo assim. Conversamos com a psicóloga e coordenadora da Saúde Mental no CAPS de Ubiratã, Sabrina Kelly Ludwig, que explicou o que pode ser feito nestes casos.
De acordo com a psicóloga, este jogo já tem criado uma grande demanda, pois muita gente está preocupada com os riscos. “Pelo que sabemos, este jogo se iniciou na Rússia, vitimando uma garota de 17 anos e, de acordo com algumas pesquisas, ele está ligado a muitos casos de suicídio no mundo”, afirma.
Um jogo que leva à morte por suicídio não deveria ser um chamariz, mas a psicóloga explica por quais motivos algumas pessoas querem participar. “O principal foco dos ‘participantes’ são os adolescentes, que estão numa fase muito complicada da vida, uma fase de transição, de formação de personalidade, muitos adolescentes sentem a necessidade de pertencer a um grupo, querem atividades desafiadoras, e tudo isso sem pensar nas consequências e riscos envolvidos. Mas também existem os casos de pessoas com algum transtorno mental, como a depressão, o que os deixa mais suscetíveis, sendo que, de acordo com as pesquisas, 97% dos casos de suicídio estão relacionados a algum transtorno mental que, em muitos casos, a família não identificou a tempo”, explica Sabrina.
O suicídio é a segunda maior causa de mortes no mundo em jovens entre 15 e 24 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS. “Os pais, amigos e parentes devem estar muito atentos nesta fase da vida dos jovens e adolescentes, às mudanças de comportamento, queda no desempenho escolar, se está se alimentando mal, se está dormindo pouco ou em excesso, também precisamos ficar atentos ao negativismo que alguns começam a ter com a vida, e principalmente identificar se existe algum relato entre os amigos de que este jovem pense que a morte é uma saída”, ressalta.
Em Ubiratã, as pessoas que identifiquem algum sintoma ou alteração na rotina dos jovens, ou em si própria, deve procurar a unidade de saúde que atendem o seu bairro para que haja um diagnóstico e, em caso de necessidade, um encaminhamento para o hospital, à Clínica da Família ou para o próprio CAPS. “Alguns transtornos com níveis mais leves e moderados são tratados na Clínica da Família, o mais graves e persistentes, bem como envolvimento com drogas ou álcool, são cuidados no CAPS”, conclui a psicóloga.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Data de Publicação: 03/05/2017