A recente detectação de caramujo africano gigante em Ubiratã preocupa a secretaria de Saúde. Após vistoriar alguns pontos da cidade com a presença do molusco, a secretaria se mobilizou para informar a população sobre a novidade.

O caramujo foi introduzido no Brasil como uma opção ao escargô e vem se transformando numa praga urbana que atinge várias cidades. Através dele podem ser transmitidos dois vermes que causam doenças como meningite e perfuração intestinal. Ainda ele pode provocar paralisia no sistema nervoso central e, além disso, o verme pode se alojar no olho causando distúrbios visuais. Em casos extremos pode chegar o contaminado pode sofrer de cegueira.

O secretário de Saúde, Edmund Behrend, explica que a transmissão ocorre por meio de alimentos contaminados com o muco do caramujo ou ingestão do mesmo. No entanto, até agora não foi registrado no município nenhum caso da doença provocada pelo contato com o molusco.

A chefe da divisão da Saúde e enfermeira, Cristiane Pantaleão, afirma espantada que a reprodução do molusco é assustadora. Conforme expõe, eles ficam escondidos até 40 centímetros abaixo do solo, produzem de 400 a 500 ovos por reprodução, os terrenos abandonados, mato alto e a umidade oferecem condições ideais para o desenvolvimento dos caramujos, se alimentam até de papelão e não existe nenhum veneno que mate os ovos e o caramujo em si. A única forma de eliminação encontrada até o momento é a incineração.

Os sintomas apresentados mais comuns entre os contaminados são dores de cabeça, formigamentos, paralisias temporárias e febres. Para se prevenir a enfermeira salienta que devem ser tomadas algumas precauções como: nunca tocar no caramujo sem luvas e manter os quintais totalmente limpo, sem entulhos e matos.

Caso sejam encontrados os moluscos em casa a população pode ligar para 3543-4141, que a equipe de saúde vai até o local fazer a coleta.