Para superar as dificuldades enfrentadas no cotidiano e melhorar a qualidade do ensino a direção da Escola Municipal Cleide Maria Zamprônio iniciou um projeto que tem como objetivo a aproximação da família no ambiente escolar. A diretora, Maria Elza Puli Carvalho, explica que são ações que começaram junto ao ano letivo e serão constantes na gestão. “Queremos despertar o senso participativo envolvendo de maneira diversa toda a comunidade buscando aptidões através de trabalhos voluntários e doações”, exemplifica.

Uma das etapas realizadas foi uma palestra com a psicóloga, Silvia Barbaceli Vaz. Em encontro que reuniu os pais no pátio da escola foram levantadas questões referentes ao conhecimento do próprio ser humano e orientação para conduta com os filhos. Para Maria Elza, é necessário criar uma relação mais próxima entre escola, comunidade, administração pública e até mesmo comércio. “Buscamos resgatar essa relação, uma vez que detectamos o desinteresse da participação e o distanciamento da escola. Queremos com essas ações reforçar a necessidade da presença”, comenta.

Psicologia e limites
Silvia fez uma abordagem que começou com a explicação do que é a psicologia, a diferença da psiquiatria e as partes que compõem os estudos da psicologia. Conforme esclarece, os fatores biológicos, espirituais e psicológicos estão sempre atrelados e grande parte das doenças físicas, por exemplo, são causadas pelo psicológico. “Problemas não resolvidos se acumulam e desencadeiam uma série de doenças”, expõe.

Um dos apontamentos feitos por Silvia é de que 90% dos problemas do ser humano são resultantes da gestação. Tudo vai depender de como o bebê capta as interferências do mundo externo. “A criança antes de nascer interpreta os acontecimentos ao seu modo e não como realmente é”, completa.

Debatidos esses aspectos foi a vez de discutirem sobre os limites que os pais devem impor aos filhos. Para decidir o que pode ou não os principais fatores que são levados em conta e se confrontam muitas vezes são o emocional e o momento. “Tem a hora de dizer o sim e a hora de dizer o não. Por isso os pais precisam estar em sintonia nas decisões para não perderem a autoridade”, argumenta.

O fato de prometer ao filho e não cumprir é uma situação que sempre gera constrangimentos. “Muitas vezes essa atitude resulta no mau comportamento e na rebeldia”, exemplifica.

A diretora reforça que através das ações espera sensibilizar e resgatar a auto-estima e os valores dos envolvidos, tanto do público interno como externo.