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Apenas 11,89% das escolas estaduais paralisaram totalmente as atividades nesta sexta-feira (25), segundo mostra levantamento feito pelos 32 Núcleos Regionais de Educação do Paraná. No primeiro dia a adesão foi de 22%. Nesta sexta-feira, cerca de 18% dos colégios funcionaram normalmente, enquanto 70% das unidades da rede estadual tiveram atendimento parcial.
Os números mostram que a adesão total está reduzindo, com mais escolas funcionamento parcialmente. Os professores que não aderiram à paralisação, e estão trabalhando com os alunos, não precisam repor os dias letivos. Em alguns casos, os professores poderão estabelecer propostas apenas para os conteúdos curriculares.
A Secretaria da Educação explica que as escolas estaduais devem ficar abertas para receber os alunos. Os professores que não aderirem à paralisação organizada pelo sindicato da categoria precisam ter condições de trabalhar de forma normal, com presença de qualquer número de alunos, para que possa ser considerada carga horária ofertada ao aluno e cumprida pelo professor.
A secretaria orienta os pais a procurarem os diretores das escolas para saber como está a organização da unidade em função da greve. Caso não haja aula, os responsáveis pelos alunos devem ser informados quando será realizada a reposição dos horários perdidos, um direito dos alunos.
REUNIÃO - O Governo do Estado reafirmou o compromisso com a valorização do magistério estadual e, em reunião realizada na quinta-feira (24), propôs uma compensação financeira pelos 3,33% de hora-atividade, principal item da pauta do sindicato da categoria para organizar a greve que afeta parte das escolas estaduais.
O Estado propôs que a compensação seja creditada na folha de pagamento dos professores de agosto até o fim do ano e assumiu o compromisso da ampliação do tempo de hora-atividade do magistério a partir do início do próximo ano letivo. Hoje, os professores já têm garantidas 6 horas de hora-atividade.
PISO - O Governo Estado manteve a proposta de aumento salarial de 6,5% para os professores, mesmo índice que será aplicado às demais categorias de servidores do estado na data-base. Isso garante que o Paraná siga pagando mais que o piso nacional do magistério.
Todos os anos o Ministério da Educação (MEC) propõe o índice de reajuste do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério. Este ano, o piso nacional foi definido em 8,32% para um total de R$ 1.697,00 (40 horas semanais, e para profissionais sem licenciatura).
No Paraná, com o reajuste de 6,5% (IPCA)*, na data-base, esse piso deve chegar em R$ 1.734,83 (40 horas semanais, e para profissionais sem licenciatura).
Ou seja, o piso do magistério no Paraná ficará superior ao piso nacional, mesmo que a porcentagem de reajuste pareça menor.
No Paraná apenas professores com licenciatura plena são contratados, através de Concurso Público, para trabalhar na rede estadual. Estes profissionais já ganham R$ 2.327,08 por 40 horas semanais, e com o reajuste de 6,5%, devem passar a ganhar R$ 2478,34, além do auxílio-transporte, que também será reajustado.
* Os valores poderão variar um pouco para mais ou para menos conforme o índice do período.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
Data de Publicação: 28/04/2014