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A produção da indústria do Paraná avançou 1,4% em abril de 2015 diante redução na média nacional de 1,2%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o Estado recuperou parte da perda de 2,4% observada em março. Com isso, o índice trimestral registrou variação positiva de 0,2% nos três meses encerrados em abril frente ao nível do mês anterior.
Entre os 14 locais pesquisados no País, apenas o Paraná apresentou aumento no ritmo da produção industrial. Os ramos que influenciaram positivamente no índice geral do Estado foram produção de alimentos, fabricação de veículos automotores e fabricação de produtos químicos.
Em abril de 2015, na comparação com abril de 2014, o setor fabril paranaense apontou recuo de 2,6%, frente contração de 7,6% para o Brasil, com retração em 13 dos 15 locais pesquisados. Os setores que afetaram negativamente o desempenho da indústria no Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-25%). Houve menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques e caminhões.
Também interferiu o recuo fabricação de produtos minerais não-metálicos (-14%), pressionado pela menor produção de blocos e tijolos para construção, cimentos Portland e artigos de fibrocimento. Houve ainda a influência da queda na produção de borracha e material plástico (-12,7%), explicada pela menor saída de peças e acessórios de plástico para veículos automotores, câmaras de ar usadas em ônibus e caminhões, chapas, folgas, tiras ou fitas de plásticos e películas autoadesivas de plásticos, e da fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,9%), que desceu por causa da redução de fogões de cozinha, fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, chicotes elétricos para transmissão de energia, refrigeradores ou congeladores e lustres, luminárias, abajures e outros aparelhos de iluminação elétrica.
Também influenciou o declínio na fabricação de bebidas (-7,2%), pressionado pela diminuição na produção de preparações em pó para elaboração de bebidas, e na produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), devido à menor produção de gasolina automotiva, asfalto de petróleo, gás liquefeito de petróleo (GLP) e óleo diesel.
CRESCIMENTO - os setores de máquinas e equipamentos (26,2%), produtos de madeira (15,1%), fabricação de celulose, papel e produtos de papel (6,5%), produtos químicos (5,4%) e produtos alimentícios (3,2%) exerceram as influências positivas mais importantes sobre o total da indústria paranaense.
ACUMULADOS - No índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 8,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, e a produção nacional teve redução de 6,3%.
Dos 13 setores pesquisados, sete diminuíram a produção, puxados por fabricação de veículos automotivos (-34,6%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-17,7%), produtos de borracha e de material plástico (-9,2%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-8,1%), e fabricação de produtos de metal (-5,3%).
No índice acumulado nos últimos doze meses, terminado em abril de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 7,6%, versus retração de 4,8% na produção nacional. Os setores que afetaram negativamente o desempenho do Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,5%), fabricação de máquinas e equipamentos (-9,8%), produtos minerais não-metálicos (-7,4%), produtos de borracha e plástico (-7,1%), fabricação de móveis (-6,6%), e fabricação de produtos alimentícios (-5,2%).
O setor que contribuiu mais intensamente para os resultados da produção industrial foi o automotivo, que passa por forte queda das vendas, com o aumento dos estoques nas fábricas e revendas. Cabe destacar a redução nas vendas para a Argentina, maior parceiro comercial do País e do Estado nesse ramo. Como consequência, as grandes montadoras vêm adotando medidas de corte de produção, suspensão temporária de contratos de trabalho, férias coletivas e programas de demissão voluntária (PDV).
O impacto das condições macroeconômicas, como a escalada da inflação, desequilíbrio financeiro nacional, alta volatilidade da taxa cambial, e aumento das taxas de juros interromperam a dinâmica do setor industrial, traduzida na desaceleração dos níveis de atividade verificada no País e, consequentemente, no Paraná.
Fonte: AEN - Agência de Notícias
Data de Publicação: 10/06/2015