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Nesta segunda-feira (14), o prefeito Haroldo Fernandes Duarte se reuniu com a Secretária de Saúde, Cristiane Pantaleão para tratar sobre as medidas que serão tomadas para combater a proliferação do mosquito da dengue. “Já tivemos uma epidemia de dengue no município em 2007 e precisamos evitar que isto ocorra novamente”, disse o prefeito.
Durante a reunião, que contou com a presença de alguns órgãos de imprensa local, foram mostrados alguns dados sobre os índices de infestação na cidade. Em pesquisa por amostragem realizada em janeiro de 2013, foram encontradas larvas do mosquito Aedes Aegypt em vários locais, sendo:
GERAL: 4,2%
CENTRO 1 – 5,74%
CENTRO – 4,51%
VILA RECIFE – 4,20%
BAIRRO SÃO JOAQUIM – 5,30%
JARDIM SÃO PAULO – 2,27%
DEPÓSITOS PREDOMINANTES
LIXO, LONA, RECIPIENTES DESCARTÁVEIS: 35,7%
CAIXA D’AGUA (COLETA DE ÁGUA DE CHUVA) : 21,4%
BEBEDOURO DE ANIMAIS E VASOS DE PLANTAS: 7,9%
PNEUS: 10,7%
CALHAS, LAGE, RALOS, SANITÁRIOS EM DESUSO: 10,7%
ROMÉLIAS E BURACOS EM ÁRVORES: 3,6%
Nota-se que a maior parte dos criadouros do mosquito está na área urbana e em residências ou empresas particulares. De acordo com a Secretária de Saúde, a epidemia ocorrida em 2007 no município foi do vírus Tipo III, e atualmente no Estado do Paraná, foram encontrados vírus dos quatro tipos existentes. “Quem já teve a dengue Tipo 3, corre o risco de ser infectado com outro tipo”, explicou Cristiane.
Alguns municípios da Comcam já declararam estado de calamidade pública. Aqui em Ubiratã a Secretaria de Saúde tem trabalhado para evitar os riscos de uma nova epidemia. Foram realizadas reuniões com os presidentes de associações de moradores, para que os mesmos falem com os moradores de seus respectivos bairros, afim de alertar e conscientizar a população. “Todos somos responsáveis pelos cuidados básicos, como limpar os vasos de plantas, evitar água parada, cuidar para que não tenham pneus, lonas ou outros recipientes com água parada nos quintais e terrenos baldios”, comentou a secretária.
Ainda de acordo com os dados obtidos pela Secretaria de Saúde, o número de depósitos de água parada e com a presença da larva está alarmante. Lembrando que independe do tamanho do recipiente, pois as larvas do mosquito se criam em qualquer local, por menor que seja, desde que haja água parada.
O prefeito Haroldo Fernandes Duarte fez um pedido a imprensa, que ajude no combate ao mosquito. “Conto com a ajuda da imprensa para este serviço de utilidade pública, pois o combate deve ser realizado diariamente pela população, e a imprensa ajuda na divulgação dos cuidados necessários”, concluiu o prefeito.
Conhecendo o inimigo
O mosquito da dengue, Aedes Aegypt, é escuro, rajado de branco e menor que um pernilongo comum. este mosquito pica durante o dia e se desenvolve em água parada, seja ela limpa ou suja. Cada fêmea do mosquito coloca, em média, 400 a 800 ovos de cada vez, que são capazes de resistir a longos períodos de seca, podendo eclodir até 450 dias após sua postura, ao serem colocados em contato com água. Para se entender o risco que se corre, cada um destes mosquitos pode picar até 300 pessoas.
Fonte: Gilmar Gomes - 15 de janeiro de 2013 - 08:45
Data de Publicação: 15/01/2013