Postos de combustíveis de todo o Paraná participam da campanha educativa “Não passe do limite – Complete o tanque até o automático”. A mensagem alerta frentistas e consumidores sobre os riscos de abastecer os automóveis “até a boca”, o que aumenta a exposição do frentista ao benzeno – substância cancerígena presente no vapor da gasolina.

A campanha é promovida pelo Governo do Paraná, em parceria com as instituições que compõe a Comissão Estadual do Benzeno, e faz parte das ações da Política Estadual de Saúde do Trabalhador.

Em Ubiratã, a Secretaria Municipal de Saúde, através do setor de Vigilância Sanitária já aderiu a campanha e realizou um trabalho de orientação nos 8 postos de combustíveis da cidade. De acordo com a responsável pala Vigilância Sanitária no município, Laudelina Batista Neves, tanto os proprietários dos estabelecimentos, quanto os frentistas, compreenderam a importância da campanha e tiveram uma boa aceitação. “Os frentistas tem um papel importante também na divulgação da campanha, pois além de repassar as informações para os consumidores, distribuirão panfletos e vão colar os adesivos nos veículos como forma de conscientizar os motoristas dos riscos do benzeno para eles e para os frentistas”, disse.

A Vigilância Sanitária de Ubiratã também conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, das duas Auto Escolas da Cidade e das Unidades Básicas de Saúde, inclusive da São João e Yolanda para divulgar os riscos do contato com o benzeno para a saúde dos trabalhadores em postos de combustíveis.

Atualmente, a intoxicação por benzeno é uma das causas de adoecimento e afastamento de trabalhadores em postos de combustíveis. Em casos graves, a vítima pode desenvolver doenças crônicas e até morrer em decorrência de complicações sanguíneas e respiratórias.

Além disso, a conduta de encher o tanque “até a boca” pode ser prejudicial ao bom funcionamento do automóvel. O combustível excedente pode causar falhas no motor e ainda acarretar outros danos ao veículo.

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO AO BENZENO PARA A SAÚDE

O benzeno pode entrar em nosso corpo principalmente através da respiração, da pele e, em alguns casos, pela ingestão. A maior parte do benzeno que nós respiramos é eliminada pela expiração. O que é absorvido na corrente sanguínea se acumula principalmente em tecidos com alto teor de lipídios. A absorção varia entre 10% a 50% dependendo da dose, do metabolismo e da quantidade de gordura presente no organismo.

O benzeno é um produto muito tóxico, principalmente para o sistema formador de sangue, e pode causar câncer. Não existe tratamento medicamentoso capaz de promover a cura e, uma vez afetada a medula óssea, esta lesão é permanente, ainda que o exame do sangue periférico tenha retornado à normalidade.