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O prefeito de Ubiratã, Haroldo Fernandes Duarte, acompanhado da secretária municipal de Saúde, Cristiane Martins Pantaleão, esteve na quinta-feira (9), em Campo Mourão, na sede do Cis-Comcam (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região da Comcam), onde participou de uma reunião que aprovou o aumento do repasse para a Santa Casa de Campo Mourão de R$ 235 mil para R$ 350 mil por mês.
Neste encontro, que teve a proposta aprovada, a prefeitura mourãoense terá que arcar com 70% e os demais 24 municípios com 30%. Isso daria R$ 245 mil para Campo Mourão e R$ 105 mil para os demais. No entanto, o administrador ubiratanese relatou que a pauta da reunião era outra e que votou aprovando essa proposta sem a informação de que a maior parcela ficaria com Campo Mourão.
A decisão dos prefeitos de passar para Campo Mourão a conta pelo aumento à Santa Casa foi tomada às portas fechadas. A presidente do Cis-Comcam, Angela Kraus (prefeita de Farol) não permitiu a participação dos secretários de saúde nessa reunião. Quatorze prefeitos e um prefeito em exercício estavam presentes.
O secretário de Campo Mourão, Márcio Alencar tinha procuração da prefeita Regina Dubay, mas o novo estatuto do Cis-Comcam só permite o voto de prefeitos e ele ficou de fora da reunião. Posteriormente em outra reunião, que contou com a participação dos secretários de Saúde da região, Márcio Alencar, disse que a decisão do Cis-Comcam vai prejudicar pacientes da região. "Vamos ter que tratar os municípios dentro de suas cotas", ressaltou. Segundo ele, 80% das cidades da região extrapolam as cotas na Santa Casa. "Vocês não se espantem se voltarem pacientes sem atendimento", completou.
Usando da palavra, a secretária de Saúde de Ubiratã, Cristiane Pantaleão, disse que os argumentos do secretário de Campo Mourão estavam certos e que a decisão dos prefeitos "abalou" os secretários municipais. "Nos abala bastante porque queremos fazer o melhor para todos", frisou, com a voz embargada. Segundo ela, os secretários estudam a situação há dois anos e foram deixados de lado na hora da decisão. "A gente viu que estávamos devendo para Campo Mourão", ressaltou.
Diante disso, e munido com as informações e esclarecimentos que foram repassados tanto pelo secretário de Saúde de Campo Mourão, quanto pela secretária de Saúde de seu município, (que criticou a decisão dos prefeitos de jogar a responsabilidade do aumento à Santa Casa apenas para Campo Mourão), o prefeito Baco se manifestou contrario a decisão tomada anteriormente e pediu para que seu voto fosse revisto. O prefeito de Ubiratã justificou que confia plenamente em sua secretária de Saúde e reconheceu o voto errado. "Quando nomeei a secretária de Saúde, depositei minha inteira confiança nela. Votei errado. Quero mudar meu voto", disse Baco.
De acordo com Baco, não é justo que Campo Mourão arque com as despesas geradas por outros municípios e diante da possibilidade de que pacientes não sejam atendidos retrocedeu em sua decisão. “Queremos que todos os pacientes sejam bem atendidos e que a divisão dos repasses seja feita de forma justa”, concluiu.
Após a manifestação do administrador ubiratanese em rever seu voto, os prefeitos fizeram uma segunda reunião às portas fechadas. "Acho que merece uma rediscussão", disse o prefeito de Barbosa Ferraz, Gilson Cassol.
Após a nova a análise, foi decidido que o sistema será reavaliado daqui a 90 dias. "Se nesse período Campo Mourão provar que está sendo prejudicado, nós voltamos a discutir o assunto", frisou Ângela Kraus (prefeita de Farol), presidente do Cis-Comcam.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Data de Publicação: 15/04/2015