Ouvir matéria
A Secretaria Municipal de Saúde de Ubiratã alerta a população sobre o grande risco de epidemia de dengue devido ao alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O inseto também transmite a febre Chikungunya e a Zika vírus que está assustando a população por ser uma possível causa da microcefalia (doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental).
Até 28 de novembro foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 311 municípios de 14 estados do Brasil. Segundo o estudo da Secretaria Estadual da Saúde (SESA), inicialmente, não há relação entre os casos registrados por Zika e microcefalia no Paraná, visto que até o momento sete ocorrências de Zika foram confirmadas e nenhuma diz respeito a gestantes ou bebês.
O Ministério da Saúde confirmou recentemente a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, identificou a presença do vírus Zika em amostras de sangue e tecidos de um bebê nascida no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas. No entanto, independentemente da confirmação das amostras para Zika, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida em que esse agravo apresenta elevado potencial de complicações e demanda medidas clínicas específicas, incluindo-se a classificação de risco, hidratação e monitoramento.
Não existe tratamento especifico para Dengue, Zika e Chikungunya, deste modo, não se deve tomar medicamento por conta própria, pois existe contraindicação para alguns medicamentos. Em caso de manchas na pele, tipo alergia, coceira, procurar assistência medica para descartar se são sintomas referentes as doenças, e todos devem informar sempre se viajou para áreas onde esta tendo casos.
A relação da microcefalia com o Zika vírus é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como: a transmissão desse agente; a sua atuação no organismo humano; a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
Considerando isso, o objetivo da Secretaria Municipal de Saúde de Ubiratã é combater o mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação da Dengue, Zika e Chikungunya. “O momento agora é de unir esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização. Estamos intensificando nossas ações de orientação a população sobre o combate ao mosquito. Vamos fazer pedágio, palestras, ofícios informativos para toda comunidade, visita nas casas para eliminação dos focos e entrega de panfleto e sacos de lixo, som de rua entre outras ações. Infelizmente estamos encontrando várias casas com presença de foco do mosquito, em reservatórios de água, bebedouro de animais, vasos de planta e lixo, por isso reforçamos que se cada um não fizer sua parte não vamos conseguir combater este mal”, destacou Cristiane Martins Pantaleão.
Para o ministério da saúde é considerado risco de epidemia quando o índice de infestação do mosquito da maior que 1%. Em Ubiratã, o índice está bem acima da média, sendo que em algumas localidades, o índice chega a 7%. “Estamos numa situação grave e de risco. É necessário que cada cidadão saiba que é responsável por cuidar de seu quintal, sua casa, e a rua onde mora, não jogando lixo em qualquer local”, pede a secretária de Saúde.
GESTANTES
É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções. É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga longa e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
MICROCEFALIA
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Data de Publicação: 09/12/2015